sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Em tempos, quando dançava.

Hoje vou falar sobre dança... Não é por acaso. Durante a tarde, ao fazer zapping, deparei-me com um programa que tinha como tema, a dança.

Não é a primeira vez que esta saudade de velhos tempos vem ao de cima. Por norma sempre que vejo algo relacionado com esta temática, sinto uma certa nostalgia. O gosto pela dança começou bem cedo. Infelizmente não surgiu a oportunidade de frequentar qualquer escola ou grupo profissional. Outros tempos.

Actualmente a oferta é mais variada e encontra-se facilmente. Seja uma cidade grande ou mais pequena. Mas ao entrar para a escola primária e depois para o ensino básico, fez-me conhecer colegas de turma com o mesmo gosto pela dança e formamos um pequeno grupo. Recordo-me como se fosse hoje. Esperávamos ansiosas pelos intervalos para treinar uma coreografia para apresentar numa das festas da escola.


Não só treinava na escola, como também levava a coreografia para treinar em casa e assim ficar na perfeição. Ainda hoje, depois de 13 anos, a minha mãe comenta em conversa (sempre que este tema vem à baila) as vezes que ela apanhava-me a dançar na sala. Não era algo que a preocupava. Sabia perfeitamente que a escola estava em primeiro lugar, e se estava ali, a dançar, era sinal que os trabalhos de casa já estavam feitos. Via-me dançar sem interromper, e como era feliz a fazê-lo. 

Com o acidente, as coisas mudaram. Não é que tenha deixado de gostar desta arte, sim, para mim a dança trata-se de uma arte. Como vibrei com os vários programas de dança que já passaram na TV portuguesa. Dá uma vontade enorme de sair da cadeira, agarrar alguém e fazer o mesmo, com classe e delicadeza, como as danças de salão. Ou até mesmo dançar com a típica rebeldia do Hip Hop. Enfim, dançar!


Não quero dizer com isto que não seja possível continuar a dançar na minha condição física, porque é praticável. Em 2008, ao estar pela segunda vez internada no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, tive o privilégio de conhecer o grupo de dança formado por pessoas que tinham algum tipo de deficiência. 
Em 2012, num encontro da Associação Salvador, pude comprovar novamente. Inclusive, conheci uma bailarina em cadeira de rodas e o seu par. E foi tão ou mais especial vê-los dançar. 

Se o meu destino em tempos seria ser bailarina, não sei. Mas que o bichinho da dança permanece dentro de mim, lá isso permanece.

3 comentários: